A Verdadeira Arte do Murano

Uma das peças mais adoradas dos arquitetos e decoradores – o vidro de Murano é a matéria-prima para diversos objetos decorativos como vasos, potes, centros de mesa e esculturas, entre outros. Por ser possível trabalhar com diferentes cores, o produto resultante é muito versátil e pode ser usado para decorar casas de diversos estilos. A escolha da peça, estilo e tons deve variar de acordo com o perfil da pessoa e o estilo da casa, pois normalmente uma peça de Murano imprime características muito fortes na ambientação.

Os artigos em vidro de Murano mantém sua fabricação semelhante há muitos anos, sem passar por grandes intervenções tecnológicas. A técnica utilizada para sua confecção é totalmente artesanal: os profissionais esculpem as peças manualmente e com sopro, com uma habilidade artística muito delicada. No Brasil, o Murano é fabricado desde 1958 por descendentes de italianos. O Murano aparece em pingentes, brincos, colares e anéis, porém, são nas peças maiores e geralmente decorativas que os detalhes do vidro se destacam.

Os cristais de Murano são tratados em vidro de sílica. As matérias-primas sólidas são primeiramente colocadas em um forno aquecido, formando uma massa incandescente. Esses produtos são trabalhados por vidreiros em uma temperatura que chega até 1250 graus. Dependendo da complexidade, o processo de fundição até a finalização leva de três dias até um ano.

Foto: Projeto Carlos Lemos by Eduardo Liotti

Deles originam os Murrines, que são hastes finas de vidro colorido. Eles se fundem, chegando a algo que os italianos chamam de mil flores, de onde vem uma variedade de estampas florais e formas geométricas. Essas varas estão presentes em vasos e bacias desde a Roma Antiga. Acredita-se que as origens do Murano datam do século IX, na Itália, com influências muçulmanas e asiáticas.

As peças de Murano podem ter diferentes funções, além do seu uso específico, e é natural que uma peça tão delicada e rica em detalhes tenha lugar de destaque e mereça uma iluminação adequada. Uma boa dica é colocar a peça no centro de uma mesa ou sobre um aparador ou bancada, em posição que valorize o jogo de luzes e sombras proporcionado por luzes embutidas e foco dirigido, potencializando todas as suas nuances.

Dependendo do tipo de ambientação que estamos desenvolvendo estas peças são utilizadas como grandes objetos de decoração pois, além de se tratarem de um curinga do decor, elas atraem o olhar e proporcionam uma sensação de sofisticação e leveza ao ambiente.